quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
aposto que um pudim de leite ninho resolveria tudo.
Não consigo dormir, não consigo dormir, não consigo dormir. Meu corpo pede, e eu sei que poderia dormir em um segundo. Mas meus olhos se recusam a fechar, minha mente continua a mil. E apesar de toda essa agitação, é até irônico perceber que o mínimo som dos meus dedos batendo nas teclas me irrita. Essa é uma daquelas madrugadas em que eu vejo minha vida inteira passando, mas não sei bem ao certo qual o problema. Quando foi a última vez em que passei uma madrugada trocando por miúdos esse viver tão íntimo que é a vida? Tic Tac. Eu só não me sinto satisfeita, entende? Me sinto num completo hiato, sem previsão para nada. Um pouco sem rumo, talvez. Insônia? É uma pena, mas eu não entendo! Talvez minha aflição acabe quando o telefone tocar. Estou esperando... Seria isso fome?
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
estou clamando pela vida, estou sim
Vem correndo pra cá, que o sol mal pode esperar pra se abrir para nós. Não se perca, não se esqueça de mim, eu não me esqueço nunca. Pois os morangos e chocolates esperam por nós, e logo logo não serão mais de nenhuma utilidade. Traga consigo mesmo um bloco de notas, é só disso que a gente precisa. Para que possamos rabiscar todos os nossos sonhos e desejos futuros, mesmo que inconcebíveis, eu não me importo - eles são uma espécie de elixir para viver. Não preciso de fotografias, ah não, pois o passado permanece. Mesmo que minha memória não seja tão boa, aliás, mesmo que ela seja toda borrada e congestionada, sei que em algum lugar guardo todas essas lembranças de sábados de sol ou até mesmo daquele agosto tão chuvoso que um dia já fiz questão de apagar. E hoje, pensando melhor, sei que não devo apagar nada. Nenhuma lembrança ruim, porque agora eu entendo, elas são parte de mim, elas são eu, eu sou elas, e eu as aceito inteiramente. Trago comigo também algumas preces, pequenas, incertas e tímidas. Preces para minha família, para sua também e para todos os nossos amores. Trago comigo as sombras de todas as pessoas que já cruzaram por mim, que hoje já não pertencem mais à minha realidade. Trago todos os livros que já li e esqueci, todos os lugares em que já pisei, todos os prazeres de que já desfrutei. Temos muito a conversar. Sabe o que mais eu tenho? Um Pochi. Não precisa dizer mais nada, não é? Venha logo.
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