quinta-feira, 9 de agosto de 2012

(apesar de tudo eu realmente não acho que eu faça sentido)

aposto que um pudim de leite ninho resolveria tudo.

Não consigo dormir, não consigo dormir, não consigo dormir. Meu corpo pede, e eu sei que poderia dormir em um segundo. Mas meus olhos se recusam a fechar, minha mente continua a mil. E apesar de toda essa agitação, é até irônico perceber que o mínimo som dos meus dedos batendo nas teclas me irrita. Essa é uma daquelas madrugadas em que eu vejo minha vida inteira passando, mas não sei bem ao certo qual o problema. Quando foi a última vez em que passei uma madrugada trocando por miúdos esse viver tão íntimo que é a vida? Tic Tac. Eu só não me sinto satisfeita, entende? Me sinto num completo hiato, sem previsão para nada. Um pouco sem rumo, talvez. Insônia? É uma pena, mas eu não entendo! Talvez minha aflição acabe quando o telefone tocar. Estou esperando... Seria isso fome?

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

estou clamando pela vida, estou sim

Vem correndo pra cá, que o sol mal pode esperar pra se abrir para nós. Não se perca, não se esqueça de mim, eu não me esqueço nunca. Pois os morangos e chocolates esperam por nós, e logo logo não serão mais de nenhuma utilidade. Traga consigo mesmo um bloco de notas, é só disso que a gente precisa. Para que possamos rabiscar todos os nossos sonhos e desejos futuros, mesmo que inconcebíveis, eu não me importo - eles são uma espécie de elixir para viver. Não preciso de fotografias, ah não, pois o passado permanece. Mesmo que minha memória não seja tão boa, aliás, mesmo que ela seja toda borrada e congestionada, sei que em algum lugar guardo todas essas lembranças de sábados de sol ou até mesmo daquele agosto tão chuvoso que um dia já fiz questão de apagar. E hoje, pensando melhor, sei que não devo apagar nada. Nenhuma lembrança ruim, porque agora eu entendo, elas são parte de mim, elas são eu, eu sou elas, e eu as aceito inteiramente. Trago comigo também algumas preces, pequenas, incertas e tímidas. Preces para minha família, para sua também e para todos os nossos amores. Trago comigo as sombras de todas as pessoas que já cruzaram por mim, que hoje já não pertencem mais à minha realidade. Trago todos os livros que já li e esqueci, todos os lugares em que já pisei, todos os prazeres de que já desfrutei. Temos muito a conversar. Sabe o que mais eu tenho? Um Pochi. Não precisa dizer mais nada, não é? Venha logo.

o futuro ainda não começou

Há de valer a pena, porque a espera é grande e grande e grande...